"A vida é curta, a arte é longa, a ocasião fugitiva, a experiência enganadora, o juizo difícil"
Hipócrates, Aforismos, Primeira Secção (séc. IV/V a. C.)


Como não é possível tirar fotos dentro do museu, remeto os interessados para o site onde existe o Museu de Medicina, neste momento ainda apenas virtual, onde aliás está muito bem descrito o essencial da exposição Passagens.

Quero apenas salientar a entusiástica apresentação e acompanhamento feito pelo Dr. Anísio Franco, comissário da exposição, que nos conseguiu transmitir a lógica deste Museu de Medicina e a sua integração no Museu de Arte Antiga: "a ligação entre as artes e as ciências humanas, naturais e sociais, promovendo a interacção entre diferentes ramos do saber". Do espólio da Faculdade de Medicina, os objectos foram escolhidos não tanto pelo seu interesse científico, mas mais pelo seu interesse estético. Entendo! É um sentimento que me é familiar: apreciar o belo que existe em tanto material científico, que em principio só devia ser olhado sob o ponto de vista de rigor, de verdade, de fidelidade à realidade.
Do que gostei mais?
Talvez daquela mão diáfana, transparente, sem ossos,... muito bela. E daquele pé enorme em madeira, 5 vezes o tamanho normal. Uma verdadeira escultura em madeira! E também da sequência de radiografias a vários cérebros, das experiências de Egas Moniz, prémio Nobel da Medicina em 1949. Foi pioneiro numa técnica que permite visualizar a circulação intracraneana e assim saber quais as zonas do cérebro que não estão a ser irrigadas.

O largo em frente do Museu de Arte Antiga (onde felizmente consegui um lugar para estacionar).


A entrada do Museu de Arte Antiga


O poster da exposição.
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